sexta-feira, 27 de abril de 2012

C´est la vie...


Um gajo leva o golo a dois minutos do fim do jogo e fica lixado. Chama nomes ao João Pereira, ao Polga, ao Pereirinha, aos espanhois e a deus. Manda um pontapé no cão, no gato, no periquito. Espeta com o que tiver à mão contra uma parede. Cai no chão, de joelhos, não acreditando no que acabou de ver. E pensa até em cortar os pulsos. Entra, por fim, num estado de quase coma, olhar perdido, não reagindo a nada nem ninguém.

E, de repente, começa a ouvir os bascos a baterem palmas e a gritar pelo nosso clube. E a esperarem pelos nossos adeptos, fora do estádio, prestando-lhes de certa forma uma homenagem, batendo palmas à nossa passagem. E, com isso, sai da letargia. Sorri. Esquece a trancada que os centrais davam em tudo o que mexia em campo que estivesse vestido de verde e branco. Esquece as cotoveladas na cara do Schaars, do Capel, do Wolfswinkel. Esquece aquele árbito tonto que escolheram para apitar o jogo. E fica a torcer por esta malta que anda de boina enfiada na cabeça. Gente enorme. E fica a pensar porque não é a bola sempre assim....

8 comentários: